Mercado Halal

O comércio Halal está emergindo como uma das áreas de mercado mais lucrativas e influentes no mundo. De acordo com dados e pesquisas da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, no ano de 2020, o número de muçulmanos economicamente ativos no mundo é de aproximadamente 1,9 bilhão, uma economia que cresce mais rápido que a média mundial: 6,2% nos países islâmicos contra 5,7% dos demais países. Se fosse um país, o mundo islâmico seria a terceira economia mundial, atrás apenas dos Estados Unidos e da China.

O islamismo será a religião que mais crescerá nas próximas quatro décadas. É o que indicou o Centro de Pesquisa Pew (Pew Research Center), no relatório intitulado “O futuro das religiões do mundo. Em 2030, o número de muçulmanos poderá chegar a 2,2 bilhões, mundialmente. Se a previsão se confirmar, o islamismo será praticado por 25,8% da população mundial.

Halal não se limita apenas a uma questão religiosa; está se tornando um símbolo global de garantia de qualidade e um estilo de vida. Não-muçulmanos que buscam uma alimentação mais saudável estão se identificando com esse conceito, pois o Halal vai ao encontro de tudo que é saudável, estando ligado diretamente a saudabilidade dos seres vivos, dos humanos e dos animais. 

Essa força de mercado não deve ser menosprezada: a população muçulmana está em expansão no Oriente Médio, Norte e sul da África e sudeste da Ásia, parte da antiga União Soviética e China. São regiões que representam uma cadeia lucrativa para o mercado de alimentos. Atualmente, os dois maiores mercados para os produtos Halal são o Sudeste Asiático e o Oriente Médio.

Segundo o relatório do State of the Global Islamic Economy, o mercado Halal no mundo está estimado até o ano de 2024 em US$ 5,74 trilhões e engloba vários segmentos como agronegócio, alimentos industrializados, produtos farmacêuticos, cuidados pessoais, cosméticos, vestuário, bancos e finanças, logística, armazenamento, mídia, turismo e distribuição. O mercado mundial de produtos e alimentos Halal tem grande potencial de crescimento. Ainda com base no relatório do State of the Global Islamic Economy, entre 2019 e 2024, o mercado de alimentos e bebidas Halal tende a ter um superávit de US$21 bilhões; Turismo, US$14 bilhões; Moda, US$34 bilhões; Mídia, US$34 bilhões, Fármacos, US$34 bilhões; cosméticos, US$10 bilhões e finanças islâmicas, US$81 bilhões. 

Os maiores mercados para produtos Halal são a Indonésia, a Turquia e o Paquistão. Muitas pessoas acreditam que a população muçulmana está apenas no Oriente Médio, mas as maiores concentrações estão no Sul e Sudeste da Ásia – e o continente asiático conta com mais de um bilhão de muçulmanos, ou seja 70% do total dos que professam a fé islâmica.

Mercado Halal no Brasil

O Brasil demonstra potencial de crescimento neste grande mercado. Em 2018, as exportações de frango atingiram US$ 1,8 bilhão, o que equivale a 1,2 mil toneladas de frango exportados pelo Brasil, destinados a mercados que exigem o abate Halal. Sendo seus principais destinos a Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Iraque e Iêmen.

O comércio de carne bovina gerou receita de US$ 888 milhões, o que representa a exportação de 265 mil toneladas para países árabes, grande parte destinada ao Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Líbano e Jordânia. 

Segundo dados do último Relatório Global do Estado da Economia Islâmica, antes da pandemia, o Brasil era o maior exportador mundial de comida Halal. Em 2019, o país exportou US$ 16,2 bilhões nesse tipo de produto, 12% a mais do que o segundo colocado, a Índia, que negociou US$ 4,4 bilhões.

O mercado de industrializados é crescente e o Brasil está buscando parte desta fatia de trilhões de dólares. Atualmente, há aproximadamente 350 indústrias certificadas pela FAMBRAS HALAL exportando diversos produtos, para países como EUA, Rússia, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Malásia, Indonésia, Singapura, Japão, Europa entre outros.

Hoje, 1,9 bilhão de consumidores no mundo são muçulmanos. É estimado que a cada três pessoas, uma seja muçulmana no ano de 2060. É um mercado concentrado não apenas no Oriente Médio e norte da África, mas também em países como o próprio Brasil. 

Desde a fundação da FAMBRAS, em 1979, criaram-se mecanismos de acesso aos países islâmicos, em especial, o Oriente Médio e Ásia, contribuindo com a implantação do sistema e conceito Halal nas indústrias. Foi implantada mão de obra qualificada para garantir transparência e confiabilidade aos países islâmicos. Dessa maneira, tornou-se possível emitir certificado Halal com nível elevado de credibilidade, tornando o Brasil um dos países mais respeitados, quando se fala em produtos Halal.

A FAMBRAS HALAL coloca o setor industrial em evidência comercial neste mercado em expansão, iniciando uma grande trajetória de crescimento com a elaboração de projetos e ações que beneficiam as indústrias, além dos já existentes e consolidados no setor de frigorífico.

Consumidores Muçulmanos

• Possuem maior renda per capita do mundo;

• Maiores taxas de crescimento populacional do mundo;

• Crescimento da classe média mais rápida do mundo;

• Pesquisas de consumo na Europa e EUA mostram que alimentos certificados Halal estão sendo procurados também por não-muçulmanos, como a forma mais segura de se obter alimentos saudáveis e de qualidade.